SOCIÉTÉ NATIONALE DES BEAUX- ARTS SALON 2009









RENDO AQUI, HOMENAGENS A DUAS BRASILEIRAS, GUERREIRAS, MULHERES HONRADAS, ORGULHOSAS DE SEU PAÍS "BRASIL" E SEUS ARTISTAS.
SRA. DIVA PAVESI, curadora do grupo de 22 artistas brasileiros no Saloon Du Louvre e Membre et Déléguée de la Société Académique des Arts, Sciences et Lettres.
SRA HELOISA DE AQUINO AZEVEDO, representante e curadora de artistas plásticos brasileiros na França, Biógrafa, Produtora Cultural, Membro da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí e da Associação Sociocultural Tao Sigulda.
Pelas mãos e corações destas mulheres, tive a honra de, com a obra Procissão da série LAVADEIRAS DO SENHOR DO BONFIM, integrar o grupo de 22 artistas plásticos brasileiros no Saloon Du Louvre.
"O Louvre é o must para o mundo inteiro" (Diva Pavesi).



"Nos braços das bahianas"


Nasci nos anos dos Contos de Fada, lendo ficção.
Assisti a passada do Homem na Lua.
Hoje, navego na Internet viajando sem sair do lugar, através de cliques conhecendo o mundo, heróis, anônimos, monumentos, mestres, como se lesse a estória da Branca de Neve.
Assim, com esta visão.
Sai voando da Terra dos Mortais para a Terra dos Ancestrais.
Ancestrais da Humanidade e não meus, sou um grão de areia diante de tanta história.
Ao encontro dos Gêmeos alimentados pela Loba, dos Gladiadores ou melhor, das celas que os continha, mas não a sua fúria.
Senti o hálito dos Leões, ouvi o tilintar dos metais das armas nas lutas eternas pela Vida.
Imaginei Homens de toga e coroa de louros, por caminhos tão antigos como o próprio Mundo, senti-me, não em outra época a tantos séculos de distância, mas em um Universo Paralelo.
Pisei na terra dos Reis e Rainhas, na época que bastava nascer assim.
Na época do Ser. Quando a estória tem início e se transforma em nossa história.
Atravessei Portas e Portais que estiveram sobre suas cabeças.
Senti o cheiro da tinta e a presença dos afrescos nas capelas.
Neste estado Interessante de gravidez emocional, viajei sem sentir minhas carnes e o sangue correr em minhas veias, como a sonhar estar voando, colorido.
Cheguei a Paris, andei por suas ruas, embeveci-me de sua história.
A cada pedra, ponte, torre, boulevard, sentindo-me próxima daqueles a quem sigo os passos, tomando emprestadas as suas experiências.
Seu rio, suas Catedrais.
E a maior delas onde, em seu interior, encontro-me.
Entrar neste Mundo, reconhecer-me parte dele.
Estar à frente, ao lado, a poucos passos de quem empunhando pincéis, pintou o ícone de todos os tempos nas Artes Plásticas – Mona Lisa.
Entender que não é o rosto de uma Mulher que viveu e encantou o autor de seu retrato, talvez com seu sorriso, a razão de tão venerado ícone.
Tornou-se pela crença de seu autor que assim seria?
Acreditava ele que tantos séculos e gerações após, ele ali sentado à frente de uma tela em branco com talvez, um bastão de carvão dando expressão aos traços, representando a face daquela Mulher, seria ele lembrado por tantos, por tanto tempo, com tanta paixão?
Com que emoção me ver ali a mesma distância que ele esteve.
Que emoção pensar que sou digna em ter tamanha Honra de ter uma obra que nasceu de meu punho também com carvão, pincéis e cores, as minhas musas, Procissão.
Representando meu País, nossa história, cercada pelas mesmas pedras edificadas que o cercam e a todos os Grandes Mestres guardando suas memórias Eternizadas através de suas obras que contam suas inspirações, receptáculos de suas Emoções.
Com este relato apaixonado agradeço a todas as pessoas que acreditaram e acreditam em mim, em meu trabalho, que mais do que me apoiar, me incentivaram.

Marilza Casotti

http://eptv.globo.com/busca/busca_interna.aspx?283232